Cada pessoa tem um mundo
interior que, vive tudo diferente do que nós no plano de mundo real
consideramos normal, e no mundo particular, cada um pode fazer o que quer, agir
como quer, e ser quem quiser, ditando suas próprias regras e “vivendo” sem
precisar da opinião de ninguém! Ahhh que coisa maravilhosa seria viver o
imaginário, o único problema é que a vida real é quem dita o jogo, os
acontecimentos diários da vida é que fazem a previsão do tempo no seu mundo pra
dizer se hoje chove ou se faz sol, ou se é apenas um dia nublado ou vai cair
uma tempestade! Certas surpresinhas da vida podem acabar lhe fazendo perder o
domínio do seu próprio mundo, e isso é muito comum, o problema é que quando se
perde o controle do seu mundo, você passa a não conseguir fazer mais
absolutamente nada no mundo real, pois são dois mundos paralelos que sempre
estão influenciando um ao outro.
Esses dias eu estive
pensando muito sobre o que ando fazendo, o que tem acontecido, como as pessoas
ao meu redor estão vivendo, e como nós estamos vivendo mediocremente sem fazer
absolutamente nada pra mudar isso; Pensei nas pessoas que amo, mas só nas que
amo de verdade, nas pessoas que passaram pela minha vida e apenas passaram, e
nas que passaram e marcaram, penso até no que está por vir, não quero saber,
quero ser surpreendida, mas não consigo não pensar no que pode acontece quando
eu dobrar a próxima esquina! Então me dou conta que, as minhas expectativas
sempre são a respeito de mim mesma.
Eu sempre vivi de uma forma
egocêntrica, achando que me compadecer de alguém necessitado fazia de mim
altruísta, mas não me dava conta de que todos os dias ao acordar a primeira
coisa que pensava eram: tomara que ‘EU’ tenha um bom dia; Como o ‘EU’ é mais
importante? Esses dias tenho aprendido que altruísmo é reparar nas pessoas que
passam por mim na rua, é fazer o mesmo caminho todos os dias e começar a
desejar um bom dia para o motorista do ônibus, é agradecer o rapaz da entrega
do mercado, e viver de forma que não seja mais ‘EU’ o mais importante, mas sim
o meu semelhante; Altruísmo é se dar conta de que eu jamais vou conseguir ser
feliz, se primeiro eu não puder fazer alguém feliz!
Agora recupero novamente o
controle do meu mundinho interior, sabendo que sempre vou ficar vulnerável
quando eu começar a viver no real o meu imaginário, porque no meu mundo, eu
posso ser apenas ‘EU’ e não me importar com mais nada, mas sempre vou entrar em
crise quando isso começar a influenciar o mundo real, pois na luta da
sobrevivência, a lei de ser cada um por si só gera a morte de muitos, ou de
todos, pessoas se tornam mais fortes quando estão unidas, pois um fardo sempre
fica mais leve se você dividi-lo com alguém, e as experiência de convívio com
os outros, sempre nos farão crescer!
Denise Ellen